segunda-feira, 23 de março de 2009

Medidas Ativas

Medidas Ativas( Em russo: Активные мероприятия, Aktivnie Meropriyatiya), é a terminologia soviética para guerra psicológica ou subversão ideológica.

“Na posse dos “imperialistas”, as armas nucleares são “terríveis instrumentos de guerra”, afirma o general de divisão A. S. Milovidov, mas na mão dos comunistas são um “escudo protetor da paz”. Como Milovidov assinala na revista Questões de Filosofia (que não se teria podido publicar senão representasse a política do Politburo): “Ao falar contra o emprego de armas nucleares, a União Soviética não exclui a possibilidade de as utilizar em circunstâncias extremas… os marxistas-leninistas rejeitam decididamente a afirmação de certos teóricos burgueses que consideram os mísseis nucleares injustos sob qualquer ponto de vista”. A legitimação da duplicidade de critérios; a tendência existente entre outras pessoas para julgar a União Soviética por um tipo de critério e a América do Norte por outro; é virar as coisas ao avesso e manifestar o êxito daquilo que o KGB classifica de “medidas ativas”. Pela definição soviética, “medidas ativas” são uma diversidade tática que incluem a propaganda aberta e encoberta, as manifestações de massa, as assembleias internacionais controladas, a desinformação, as falsificações, o emprego de agentes de influência e, por vezes, atos de sabotagem, terrorismo e inclusive assassinatos, cometidos para alcançar um efeito psicológico. Qualquer destas táticas pode ser invocada individualmente para um objetivo preciso mas limitado, como a difamação de um dirigente estrangeiro ou uma grande personalidade anti-soviética, como Aleksandr Soljenitsyne. Em campanhas estratégicas ou globais, todas ou muitas das formas de “medidas ativas” são empregues em conjunto para propagarem um tema geral que joga com os receios naturais e as aspirações da humanidade.
Todas as “medidas ativas”, por muito dirigidas ou dissimuladas que sejam, são orientadas no sentido de perverter as percepções da realidade. Quando obtêm êxito, incitam à formulação de comportamentos e atitudes políticas assentes em premissas enganadoras e irrealistas. Fundamentados mais em ilusões do que na realidade, o pensamento e o comportamento induzidos podem assegurar à União Soviética vantagens que não podem ser obtidas pelo debate racional, as negociações francas e razoáveis ou mesmo o recurso à força. Como se demonstrará, as medidas ativas persuadiram milhões de homens honestos, patriotas e sensatos, que detestam o comunismo, a fazerem causa comum com a União Soviética.
…através das medidas ativas se pode chegar a resultados mais devastadores no sentido de enfraquecerem e dividirem as sociedades livres, que os métodos tradicionais de espionagem. Além disso, as medidas ativas atuam com dureza nas sociedades livres do Ocidente, por natureza vulneráveis, e cujo funcionamento depende do fluxo sem restrições da informação, da concorrência das ideias e da crítica aberta à política e à administração pública. Através dessas medidas, a União Soviética esforça-se por enfraquecer e confundir outras sociedades baralhando e humilhando o desenvolvimento prático do debate livre e democrático com dados falsos. Finalmente, as “medidas ativas” têm sucesso porque, para as levar por diante, a URSS desenvolveu um gigantesco aparelho, sem ímpar na história moderna.”


Trecho do livro The Hidden Hand de John Barron.

Palestra em L.A.

Yuri Bezmenov, ou Tomas Schuman, desertor soviético da KGB, conta suas lembranças de agente Novosti-KGB e os métodos soviéticos de aliciamento de intelectuais ocidentais e pacifistas em uma palestra em Los Angeles, 1983. G. Edward Griffin entrevista Yuri Bezmenov, desertor da KGB e agência Novosti da URSS. Sem o romantismo da espionagem James Bond "boa para vender desodorantes", Yuri revela um pouco de suas medidas ativas para injetar propaganda na mídia ocidental, educar terroristas, participar de apresentações farsescas, fazer lavagem cerebral em convidados ilustres e montar listas negras macabras. Também nos narra como ele escapou de forma louca para o Ocidente e o que seus professores da KGB lhe ensinaram: um processo em quatro etapas para derrubar e tomar um país inimigo.


Subversão Soviética da Imprensa do Mundo Livre


G. Edward Griffin entrevista Yuri Bezmenov, desertor da KGB e agência Novosti da URSS. Sem o romantismo da espionagem James Bond "boa para vender desodorantes", Yuri revela um pouco de suas medidas ativas para injetar propaganda na mídia ocidental, educar terroristas, participar de apresentações farsescas, fazer lavagem cerebral em convidados ilustres e montar listas negras macabras. Também nos narra como ele escapou de forma louca para o Ocidente e o que seus professores da KGB lhe ensinaram: um processo em quatro etapas para derrubar e tomar um país inimigo.

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